Maringá-PR
Maringá-PR
Artigos
Redes pessoais e fragmentação socioespacial urbana: as hipóteses da fragmentação
Luciano Antonio Furini e Afonso Muzzo Alves
Revista Confins. Data de publicação: 12-2021.
A especificidade do processo fragmentação socioespacial urbana se configura por abarcar outros processos já existentes em nossas cidades, caracterizando uma dinâmica própria. Neste estudo busca-se debater este tema a partir da análise das categorias forma, função, estrutura e processo com os resultados do estudo de caso de Maringá, cidade situada no estado do Paraná, Brasil. A metodologia, a partir da análise de redes sociais, pessoais, permitiu caracterizar os padrões das práticas urbanas e os resultados possibilitaram identificar a hipótese das redes socioespaciais, no contexto da lógica fragmentária.
Wagner Vinícius Amorim
Revista da Anpege. Data de publicação: 09-07-2019.
Neste artigo detemo-nos no estudo do mercado da terra, apreciando a estruturação do preço da terra urbana em duas cidades médias brasileiras em contexto recente. A compreensão da produção da terra urbana perpassa a análise do que orbita em torno a ela, tal como a produção e a valorização imobiliária, seus agentes e suas estruturas. A partir disso, então, estaremos em face dos atributos essenciais para apreendermos a distribuição e o deslocamento espaciais da valorização imobiliária no ambiente construído e, finalmente, analisarmos especificamente a oferta de terrenos urbanos, bem como os agentes que negociam e vendem frações e parcelas da cidade, fazendo dela cada vez mais uma “máquina de crescimento urbano” locomotiva das várias formas de rentismo e especulação imobiliária.
Livros
Metodologia de pesquisa em estudos urbanos: procedimentos, instrumentos e operacionalização (2022)
Eda Maria Góes; Evaraldo Santos Melazzo (Orgs.)
A diferenciação socioespacial em cidades brasileiras vem se aprofundando. Aponta para a constituição do processo de fragmentação socioespacial no plano da cidade e do urbano e redefine os sentidos do direito à cidade. A partir desta problematização foi formulado o Projeto Temático Fragmentação socioespacial e urbanização brasileira: escalas, vetores, ritmos, formas e conteúdos (FragUrb), coordenado pela Profa. Dra. Maria Encarnação Beltrão Sposito, aprovado pela Fapesp em 10/2018. Com foco nas cidades de Mossoró/RN, Marabá/PA, Ituiutaba/MG, Ribeirão Preto/SP, Presidente Prudente/SP, Maringá/PR, Dourados/MS, e Chapecó/SC e duas áreas da metrópole paulista: Cidade Tiradentes/SP e Bairro dos Pimentas em Guarulhos, o Projeto foi organizado articuladamente em quatro planos analíticos (1: Centro, centralidade, policentralidade e mobilidade; 2: Práticas espaciais e cotidianos, 3: Espaços públicos e 4: Produção e consumo da habitação), cinco interdependentes dimensões empíricas (habitar, trabalhar, lazer, consumo e mobilidade) e seis frentes metodológicas (1. Grupos focais, 2. Entrevistas com citadinos e agentes bem-informados, 3. Percursos e suas representações [casa trabalho casa, em espaços públicos e diários registrados], 4. Netnografia e análise de redes sociais, 5. Banco de dados e 6. Cartografia). É com o foco na elaboração do trabalho em cada uma destas frentes metodológicas, de maneira articulada àqueles quatro planos analíticos e às cinco dimensões empíricas, que é estruturado este livro, apresentando o fazer da investigação em relação aos desafios de elaborar as mais adequadas perspectivas operacionais, construir instrumentos, aplicá-los e avaliá-los, validando-os ou adaptando-os.
Trabalhos completos publicados em anais de eventos
XIX ENANPUR (2022)
XX ENG (2022)
XXI Semana de Geografia da FCT - UNESP (2021)
XVI SIMPURB (2019)
O processo de formação, estruturação e as respectivas tendências de diferenciação socioespacial deixaram marcas peculiares no espaço urbano de Maringá (PR). O objetivo desse trabalho é identificar dinâmicas contemporâneas que agravam e conferem novas formas aos problemas intrínsecos ao surgimento das cidades, buscando compreender os novos elementos que acirram as desigualdes e as rupturas socioespaciais. Para isso foram adotados procedimentos metodológicos que se apoiam na análise da qualidade de sociabilidade no âmbito urbano.
Dissertações
As derivações imateriais e materiais do neoliberalismo vem reconfigurando o processo de urbanização e de estruturação das cidades. Neste sentido, buscamos compreender como a lógica socioespacial fragmentária altera o conteúdo da diferenciação e das desigualdades socioespaciais na Aglomeração Urbana de Maringá, redefinindo os sentidos do direito à cidade. Elencamos a produção imobiliária residencial como dimensão empírica para contribuir com o debate da Fragmentação socioespacial. Utilizamos revisão bibliográfica, trabalho de campo, entrevistas e a construção de um banco de dados imobiliário e socioeconômico para alcançar esse objetivo. Concluímos que é indispensável considerar as cidades de Sarandi e Paiçandu, pois se consolidam na periferia de Maringá, portanto indispensável para a compreensão do seu processo de estruturação. Identificamos também a ampliação do eixo de expansão e valorização imobiliária no setor sudoeste de Maringá e um reforço contínuo da valorização do centro-sul da cidade. Constatamos também a injustiça social na apropriação da renda da terra por parte dos proprietários e capital incorporador, uma vez que ela é produzida socialmente, como mais-valia, mas apropriada individualmente.
A presente pesquisa de mestrado tem como objetivo central compreender, analisar e expor diferentes processos de disputa pela terra urbana e pela moradia pela perspectiva dos agentes sociais não hegemônicos, representados pelos movimentos de luta pela moradia. Investigamos como estes movimentos buscam redefinir o acesso à moradia para além da lógica dominante do valor de troca, como uma luta pelo direito à cidade. O recorte territorial para o desenvolvimento desta pesquisa se concentra em duas cidades – Ribeirão Preto (SP) e Maringá (PR). Em Ribeirão Preto, a pesquisa irá analisar os agentes sociais não-hegemônicos representados pela ocupação Cidade Locomotiva e pela Associação de Moradores do Jardim Wilson Toni. Em Maringá, o movimento União Popular por Moradia e o Movimento pela Regularização do Conjunto de Santa Rosa, em Iguatemi, serão examinados como estudos de caso.
TCCs
O trabalho tem como objetivo principal compreender o surgimento, as ações, mecanismos e estratégias de crescimento da MRV Engenharia enquanto grupo econômico. Na análise de tais processos, buscou-se abordar marcos fundamentais para o desempenho do grupo MRV no mercado imobiliário, tais como abertura de capital na bolsa de valores e a exitosa produção para o Programa Minha Casa Minha Vida, o que contribuiu para o reescalonamento espacial do grupo. São utilizadas como fontes para o trabalho, informações oficiais do sitio eletrônico da própria incorporadora, revistas especializadas e bibliografia, além de informações disponíveis nos relatórios econômicos financeiros da empresa na Bolsa Mercantil e de Futuros (BMF) atual B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) e informações sobre a produção da incorporadora para o PMCMV, que foram extraídas do sitio eletrônico do Ministério de Desenvolvimento Regional. No que se refere a expansão da produção da MRV para cidades médias brasileiras, buscou-se abordar a atuação da incorporadora em três cidades, sendo elas: Maringá- PR, Presidente Prudente-SP e Ribeirão Preto-SP. Tais análises permitiram compreender que o produto imobiliário da MRV, em sua maioria, está localizado em áreas cujo preço da terra não é tão baixo quanto na periferia mais distante, e isso ocorre, principalmente, pelo poder econômico e espacial da própria MRV.
O presente estudo buscou compreender os papéis e as funções das cidades médias a partir das interações espaciais que são estabelecidas no âmbito de uma rede hierárquica de cidades e que geram fluxos constantes de habitantes das cidades pequenas do entorno destes centros regionais, tornando-os arranjos populacionais dos núcleos polarizantes. Desta maneira, os processos decorrentes destes constantes fluxos, complexificam e dão forma a redes urbanas cada vez mais heterogêneas e centralizadas nas cidades médias, tornando o papel e a centralidade das cidades pequenas cada vez mais articulado às dinâmicas regionais das cidades médias, relação explicada pelo processo de diferenciação socioespacial. Tomou-se como recorte para estudo, as cidades médias de Chapecó/SC, Maringá/PR, Presidente Prudente/SP e Ribeirão Preto/SP e seus respectivos arranjos populacionais, utilizando os dados obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e comparando as metodologias utilizadas em cada estudo, sendo apresentado, ainda, diferentes maneiras metodológicas de utilização de dados e pesquisas de órgãos institucionais.
Igor Adriano Sufi Soares da Silva
A contínua complexificação econômica e as reestruturações produtivas influenciam diretamente em uma reestruturação urbana quanto aos papéis que as cidades desempenham na rede urbana, mas também em uma reestruturação da própria cidade, especialmente quanto às áreas centrais — nas quais se concentram diversas e numerosas estabelecimentos e atividades econômicas — que exercem particulares centralidades no tecido urbano e são transformadas pela chegada de novos empreendimentos econômicos alinhados ao regime de acumulação flexível. Tais processos não deixam de ocorrer nas cidades médias de Maringá (localizada no norte do estado do Paraná) e de Dourados (localizada no sul do estado do Mato Grosso do Sul), estas que foram escolhidas como recortes de pesquisa. Neste contexto, os principais objetivos deste trabalho são: analisar as lógicas espaciais dos agentes econômicos na escala da cidade, para verificar se suas estratégias recaem sobre as áreas centrais “tradicionais” (centro principal e subcentros) ou reforçam a tendência contemporânea de implantação de novos espaços nas cidades médias em questão.