Ribeirão Preto-SP
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Artigos
Mobilidade cotidiana fragmentada: análises a partir dos percursos urbanos em Ribeirão Preto/SP
Felipe César Augusto Silgueiro dos Santos
OBSERVATORIUM. Data de publicação: 12-10-2023.
As cidades contemporâneas demandam uma série de reflexões, instrumentos e indagações a partir do espaço urbano que vem sendo produzido. Tal reflexão se baseia na perspectiva de que o processo de fragmentação socioespacial é condicionante neste processo indicado. Observamos que as cidades médias possuem elementos estruturais de uma base analítica que demanda pensamento constante, isso por conta da pluralidade de interações socioeconômicas que estão sendo observadas nelas. A partir disso, propomos entender a mobilidade, aqui na sua dimensão cotidiana, como dimensão para observar que cidade média está sendo produzida e de que forma ela tem afetado o dia a dia da população, neste caso a periférica. Para isso, nos valeremos de uma metodologia denominada de “percurso urbano” para entender como o “ir e vir” desta população tem sido afetada pelas dinâmicas intraurbanas. De antemão, indicamos observar e perceber que a fragmentação socioespacial tem sido elemento fundante e estruturante dos apontamentos realizados e que é preciso criar políticas públicas que tragam a população citadina para o centro do debate.
Alexandre Antônio Abate
Revista Formação. Data de publicação: 26-09-2023.
O objetivo deste artigo é apresentar uma discussão metodológica sobre a Netnografia, a partir da nossa experiência de pesquisa no Mestrado Acadêmico em Geografia, além dos resultados provenientes da utilização dessa ferramenta metodológica para o estudo da mobilidade e da acessibilidade urbanas de citadinos que habitam o Conjunto Habitacional "Cristo Redentor", situado na periferia de Ribeirão Preto - SP. Dentre os resultados obtidos, destacamos que os problemas concernentes aos deslocamentos cotidianos estão presentes para todos os citadinos que se envolveram na investigação, independentemente do modal de deslocamento utilizado - automóvel, motocicleta ou transporte público. Além disso, a pesquisa revelou que há indicativos claros de problemas de mobilidade e de acessibilidade urbanas para a parcela dos citadinos residente nesse conjunto habitacional que necessita da utilização do transporte público, o que nos leva à ideia de mobilidade urbana excludente e precária.
The urban system, centralities and the use of urban space in middle cities
Eliseu Savério Sposito
Revista Formação. Data de publicação: 14-04-2023.
Este texto está estruturado em três partes. Na primeira, apresentamos uma discussão sobre o conceito de centro e seu papel para o comércio varejista. A seguir, discutimos aformação de subcentros definindo novas centralidades para mostrar como a cidade se reestrutura em resposta às mudanças em diferentes escalas. A redefinição na localização do commercial e a atuação em outras áreas que não o centro da cidade permite a formação de novos centros e, consequentemente, a projeção de seus papeis como novas centralidades. Por fim, o deslocamento das pessoas em suas ações de consumo mostra como a mobilidade se apresenta no espaço urbano. Escolhemos, como estudos de caso, as cidades de Presidente Prudente, Ribeirão Preto e Marília, cada uma com suas especificidades que condicionam e são produto das novas relações das pessoas nas suas escolhas de consume. Como resultado parcial, demonstramos o seguinte: 1) O consumo é condicionado pela classe social a que o indivíduo pertence; 2) a mobilidade urbana (independente dos meios de transporte) configura as novas centralidades e modifica o papel do centro principal da cidade; 3) a cidade se reestrutura devido às localizações que diferem de acordo com o poder de compra das pessoas. Do ponto de vista metodológico, as informações foram obtidas de forma indireta e direta por meio de observação de campo, questionários e entrevistas com diferentes grupos de pessoas. Como forma de visualizar as características específicas das cidades, utilizamos a represntação cartográfica.
Centralidade intraurbana em Ribeirão Preto – SP
Victor Hugo Quissi Cordeiro da Silva
Geografia em Atos. Data de publicação: 20-02-2023.
Neste artigo analisamos a densidade e concentração de atividades comerciais e de serviços em Ribeirão Preto – SP como indicador da centralidade intraurbana desta cidade. Demonstramos que a cidade apresenta múltiplas áreas centrais ao longo da malha urbana, sem que com isso o centro principal perca a capacidade de exercer importante papel na estruturação do espaço urbano. O par desconcentração – reconcentração é central para a compreensão deste tema, porque a partir dele podemos interpretar as novas concentrações como parte de processos socioespaciais. O papel desempenhado pelos shopping centers é destacado neste texto e, a partir dos resultados alcançados, estabelecemos hipóteses sobre o papel desempenhado por essas grandes empreendimentos comerciais. Em relação a centralidade urbana, ora os shopping centers reforçam a centralidade exercida pelo centro principal, ora observamos a tendência de localização fora do centro principal, o que podemos inferir como parte do processo de redefinição da centralidade urbana. Reservamos especial atenção aos aspectos metodológicos desenvolvidos durante nossa pesquisa, sobretudo na formação do banco de dados, construído a partir do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE) e da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).
Mobilidade Cotidiana na cidade fragmentada: o caso de Ribeirão Preto
Eliseu Savério Sposito, Vanessa de Moura Lacerda Teixeira e Késia Anastácio Alves da Silva
Revista Cidades. Data de publicação: 21-12-2022.
Tomando, como espaço urbano, a cidade de Ribeirão Preto, propomos uma análise da mobilidade quotidiana e das características da acessibilidade no que chamamos de cidade fragmentada. Para tanto, articulando o singular e o universal, estabelecemos as bases teóricas para mostrar como se dá a mobilidade na cidade, demonstrando sua estruturação urbana e seu papel na rede urbana brasileira. A base de dados do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas foi importante para conformar a multicentralidade urbana, elemento metodológico ao qual se somaram outros igualmente importantes, como as entrevistas e as enquetes aplicadas segundo critérios pré-estabelecidos, e dados sobre as características dos entornos dos imóveis e a renda média das famílias, valorizando-se o mapeamento dos elementos estudados. Os resultados, abordados a partir da voz dos entrevistados, mostram a dinâmica da mobilidade urbana em Ribeirão Preto nas diferentes partes que estruturam a cidade. Nas conclusões, mostramos como a combinação entre os diferentes elementos estudados espelham a dinâmica urbana em termos de diferenciação socioespacial.
Bruna Ribeiro Corrêa e Samarane Fonseca de Souza Barros
Revista Geografia em Atos. Data de publicação: 21-09-2022.
As incorporadoras do setor imobiliário brasileiro atuam como agentes na produção de habitação, modificando paisagens de diversas cidades através da incorporação de empreendimentos imobiliários. Assim, este trabalho visa compreender a atuação da incorporadora MRV Engenharia S/A em duas cidades médias brasileiras: Presidente Prudente- SP e Ribeirão Preto-SP. Para a realização do trabalho, utilizamos como base os dados retirados do sítio eletrônico da incorporadora e do Ministério de Desenvolvimento Regional. Deste modo, as informações obtidas foram compiladas e transformadas em dois produtos cartográficos, os quais foram analisados e discutidos, sendo possível a compreensão do uso de estratégias produtivas e econômicas semelhantes, porém com práticas de implantação distintas em cada cidade analisada.
Felipe César Augusto Silgueiro dos Santos
Anuario de Historia Regional y de las Fronteras. Data de publicação: 19-07-2022.
Este artículo tiene como objetivo presentar el proceso de expansión y evolución urbana de la ciudad media de Ribeirão Preto/SP ubicada en el Estado de São Paulo, Brasil. A través de un análisis de la historia de formación de esta ciudad, buscamos presentar elementos que puedan demostrar cómo se expandió, se estructuró y se configura como una ciudad importante en la red urbana brasileña. Desde su estructura rural hasta su configuración fragmentaria, es posible indicar que Ribeirão Preto/SP tuvo su estructuración basada en el sector agrícola, el mismo que la benefició en su formación y aún lo hace en su configuración actual, pero actualmente esta ciudad media es más especializada y espacializados.
Samarane Fonseca de Souza Barros e Bruna Ribeiro Corrêa
Espaço e Economia. Data de publicação: primeiro semestre de 2022.
Os condomínios logísticos surgem, cada vez mais, como empreendimentos imobiliários para atender às novas demandas de um capitalismo marcado pelo imperativo da fluidez. Os investimentos em logística por parte do capital privado convergem com obras públicas de infraestruturas a fim de superar os gargalos espaciais e ampliar a acumulação capitalista. É neste contexto que observamos a articulação entre os capitais incorporadores e o setor logístico para a construção e consolidação de condomínios empresariais que fazem parte dos ambientes voltados à circulação. Para ilustrarmos a relação entre a incorporação e a logística, elencamos a LOG Commercial Poperties, empresa advinda do grupo econômico MRV Engenharia S/A, que combina a expertise de uma das maiores incorporadoras do Brasil com as novas estruturações do setor logístico.
Trajetórias econômicas e espaciais do grupo MRV: Reescalonamento e produção do espaço
Bruna Ribeiro Corrêa e Samarane Fonseca de Souza Barros
Revista Sociedade e Território. Data de publicação: 18-03-2022.
A produção imobiliária brasileira se transformou, a partir de 2009, com a criação do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV). Dentre as transformações, destaca-se a participação de grandes incorporadoras no desenvolvimento do programa. Este texto visa discutir a trajetória da MRV Engenharia S.A, abordando sua formação e consolidação como um grupo econômico, suas empresas subsidiárias e, por fim, objetiva-se discutir a partir da noção de reescalonamento as alterações nas estratégias deste Grupo frente ao espaço urbano brasileiro. Utilizamos como fontes relatórios disponibilizados pela B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) e dados sobre a produção do PMCMV presentes no site do Ministério de Desenvolvimento Regional. Notamos que ao longo do tempo, a MRV ampliou suas áreas de atuação e passou por mudanças que incorreram das estratégias de reescalonamento do Grupo em conjunto as demais alterações conjunturais e estruturais.
Fragmentação socioespacial, espaço público e hip hop: as batalhas de MCs em Ribeirão Preto/SP
Rafael Roxo dos Santos e Eda Maria Góes
Caderno de Geografia. Data de publicação: 17-10-2021.
O presente artigo busca analisar a produção e a apropriação de espaços públicos a partir das práticas espaciais de jovens associados ao hip-hop, na cidade de Ribeirão Preto, SP. No contexto de aumento das desigualdades e da diferenciação socioespacial, que implicam novas segmentações e o crescimento das fronteiras materiais e simbólicas no espaço urbano, o uso combinado de espaços públicos centrais e periféricos associado às redes sociais virtuais, relativos às práticas espaciais dos coletivos hip-hop, aparecem como resposta à fragmentação socioespacial no sentido do restabelecimento do direito à cidade. A produção de novas centralidades e a reapropriação da cidade pelo hip-hop indica a formação de microordens no espaço urbano que atribuem novos significados e disputas acerca da relação centro-periférica e ao processo de fragmentação socioespacial em curso nas cidades.
Bruno Leonardo Silva Barcella e Everaldo Santos Melazzo
Sociedade e Natureza. Data de publicação: 21-02-2020.
This article analyzes the recent urban territorial expansion in two medium-sized Brazilian cities (Ribeirão Preto/SP and São Carlos/SP) and discusses the close relationship between the interests and strategies of specific real estate and land agents and the selective direction, rhythm, scope, and magnitude of the cities’ expansion. To this end, data on land transactions (purchase and sale) between 1995 and 2015, are mapped for both cities, showing the prices, information on the production of gated communities, and the main agents involved. Their permanent quest to amplify the reproduction of capital is the backdrop for the debate, through a logic that places the city as the "locus" of the accumulation strategies. This is articulated in the economic dimension by the transformation of land income into incorporated profits and spatially by the differentiated, exclusive housing.
The urban system, centralities and the use of urban space in middle cities
Eliseu Savério Sposito
CIRAS. Data de publicação: 04-2019.
The text is structured in three parts. In the first, we present a discussion about the concept of center (downtown) and its role for the retail trade. The center is understood as a place of confluence (as a dialectical and hierarchical pair in relation to the periphery) resulting from the search by the economic agents for the best locations for commercial establishments, making use of the land in the city. Next, we discuss the formation of subcenters defining new centralities in medium-sized cities to show how the city restructures in response to changes at different scales, from the broader process of globalization to the localization of commercial activities, in a geographic articulation of scales. The redefinition in the location of commercial activities in areas other than the city center allows the formation of new centers and, consequently, the projection of their roles as new centralities. Finally, the displacement of people in their consumption actions shows how mobility presents itself in urban space. Urban mobility is here explained from the choices and preferences of consumers in their search for the place of purchases articulating what we call centrality to their individual economic profile. We present, in the end, some partial conclusions of a collective research carried out in several medium-sized cities in the State of São Paulo. We have chosen, as case studies, the cities of Presidente Prudente, Ribeirão Preto and Marília, each one with their specific characteristics that condition and are the product of the new relations of people in their choices of consumption. As it deals with a collective work, some descriptions and conclusions are analyzed and explained in function of the spatial, temporal and thematic clipping presented. Although the definition of average city is taken from the position of the city in the urban network, in this study we will privilege the city in its specific restructuring, that is, in the reconfiguration of its urban design. As partial result, we will demonstrate the following: 1) consumption is conditioned by the social class to which the individual belongs; 2) urban mobility (independent of means of transport) shapes the new centralities and modifies the role of the main center of the city; 3) the city restructures because of the locations that differ according to people's purchasing power. From the methodological viewpoint, the information was obtained indirectly and directly through field observation, questionnaires and interviews with different groups of people. As a way of visualizing the relationship between the dimensions of the city center and the location of retail activities, the conformation of new centralities and how consumers are distributed according to their specific characteristics, we use cartographic representation.
A expansão da securitização imobiliária: uma prospecção a partir da cidade de Ribeirão Preto/SP
Everaldo Santos Melazzo e Marlon Altavini de Abreu
GEOUSP. Data de publicação: 14-03-2019.
Este artigo analisa a disseminação de mecanismos de securitização de ativos de base imobiliária, contextualizando-a no crescente processo de transformação da terra, da habitação e da cidade em ativos financeiros que, a partir da antecipação de rendas futuras (principalmente fundiárias), alimenta circuitos por onde circulam e se valorizam diferentes capitais. O termo disseminação é aqui tratado em três vertentes: a primeira, ao se debruçar sobre o caso da cidade de Ribeirão Preto/SP, amplia o debate para a identificação dos processos analisados em cidades médias e não exclusivamente em realidades metropolitanas como parte da literatura nacional e internacional insiste em focar; a segunda, ao constatar que tais processos, antes restritos a vetores seletivos de valorização imobiliária na cidade, tem se disseminado espacialmente em direção a diferentes áreas e bairros da cidade, capturando para sua lógica aqueles que anteriormente eram considerados como de baixas liquidez e inserção no mercado imobiliário e, a terceira, ao constatar a presença cada mais significativa de imóveis residenciais no conjunto dos bens imobiliários securitizados. Além de reforçar a convicção sobre um paulatino e crescente processo de transformação cada vez mais intenso da terra e da habitação em ativos de valor, distancia-os cada vez mais do significado de direito à cidade que seu acesso pode significar.
Livros
Metodologia de pesquisa em estudos urbanos: procedimentos, instrumentos e operacionalização (2022)
Eda Maria Góes; Evaraldo Santos Melazzo (Orgs.)
A diferenciação socioespacial em cidades brasileiras vem se aprofundando. Aponta para a constituição do processo de fragmentação socioespacial no plano da cidade e do urbano e redefine os sentidos do direito à cidade. A partir desta problematização foi formulado o Projeto Temático Fragmentação socioespacial e urbanização brasileira: escalas, vetores, ritmos, formas e conteúdos (FragUrb), coordenado pela Profa. Dra. Maria Encarnação Beltrão Sposito, aprovado pela Fapesp em 10/2018. Com foco nas cidades de Mossoró/RN, Marabá/PA, Ituiutaba/MG, Ribeirão Preto/SP, Presidente Prudente/SP, Maringá/PR, Dourados/MS, e Chapecó/SC e duas áreas da metrópole paulista: Cidade Tiradentes/SP e Bairro dos Pimentas em Guarulhos, o Projeto foi organizado articuladamente em quatro planos analíticos (1: Centro, centralidade, policentralidade e mobilidade; 2: Práticas espaciais e cotidianos, 3: Espaços públicos e 4: Produção e consumo da habitação), cinco interdependentes dimensões empíricas (habitar, trabalhar, lazer, consumo e mobilidade) e seis frentes metodológicas (1. Grupos focais, 2. Entrevistas com citadinos e agentes bem-informados, 3. Percursos e suas representações [casa trabalho casa, em espaços públicos e diários registrados], 4. Netnografia e análise de redes sociais, 5. Banco de dados e 6. Cartografia). É com o foco na elaboração do trabalho em cada uma destas frentes metodológicas, de maneira articulada àqueles quatro planos analíticos e às cinco dimensões empíricas, que é estruturado este livro, apresentando o fazer da investigação em relação aos desafios de elaborar as mais adequadas perspectivas operacionais, construir instrumentos, aplicá-los e avaliá-los, validando-os ou adaptando-os.
Maria José Martinelli Silva Calixto; Sérgio Moreno Redón (Orgs.)
As contribuições aqui reunidas apresentam o resultado de um esforço colaborativo em trazer a público as análises desencadeadas a partir do projeto de pesquisa, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), denominado O Programa Minha Casa Minha Vida e seus desdobramentos socioespaciais: os novos vetores da produção do espaço em cidades médias brasileiras. O objetivo é promover debates e reflexões sobre os novos vetores de expansão urbana e suas determinantes espaciais em cidades médias, centrando a atenção em cidades pertencentes a diferentes formações socioespaciais: Dourados (Região Centro-Oeste), Ribeirão Preto (Região Sudeste), Chapecó (Região Sul), Marabá (Região Norte) e Campina Grande (Região Nordeste). Nessa perspectiva, este livro revela os diferentes conteúdos da urbanização contemporânea, possibilitando novas pesquisas, novos diálogos e novas reflexões sobre o tema.
Trabalhos completos publicados em anais de eventos
VIII COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE COMÉRCIO E CIDADE (2023)
Comércio varejista e fragmentação socioespacial: aproximações a partir de Ribeirão Preto/SP
Carlos Henrique Costa da Silva, Claudio Smalley Pereira e Vitor Koiti Miyazaki
Este artigo propõe-se a relacionar as formas do comércio varejista com o processo de fragmentação socioespacial, considerando-se tanto as lógicas econômicas e as estratégias das empresas quanto as práticas espaciais dos consumidores na cidade de Ribeirão Preto/SP. O artigo argumenta que a fragmentação socioespacial é um processo que pode ser analisado a partir das estratégias espaciais do comércio varejista moderno, que mantém nexos com a globalização contemporânea e incide de modo diverso no cotidiano dos citadinos. A partir de dados secundários, pesquisa de campo e mapeamento dos dados, chegou-se à conclusão de que uma nova divisão social do espaço se processa em Ribeirão Preto, resultado e condição das estratégias e ações dos capitais varejistas e shopping centers que mediante estratégias de localização favorecem o setor sul da cidade (dos ricos) em detrimento do setor norte (dos pobres), intensificando a fratura socioespacial na cidade.
XX ENANPUR (2023)
As plataformas digitais e a formação de novos mercados de locação: apontamentos sobre a LUGGO
Samarane Fonseca de Souza Barros e Bruna Ribeiro Corrêa
O modo de produção flexível e o ideário neoliberal, além de reestruturações econômicas e espaciais, engendraram também um novo léxico. Desburocratização, digitalização, flexibilização etc são agora palavras imponentes na ordem socioespacial vigente e mediam relações em diversos âmbitos. Considerando a desburocratização dos aluguéis e do acesso à moradia a partir de plataformas digitais, este trabalho tem como objetivo analisar os papéis da LUGGO, startup do grupo econômico MRV, como uma plataforma do novo mercado de locação no Brasil e, principalmente, como vetor de reescalonamento e fortalecimento da MRV. Metodologicamente, nos apoiamos em literatura especializada, entrevista com agente beminformado e análise dos indicadores operacionais da LUGGO para constatarmos que mesmo que novas formas de consumo da habitação revelem novos agentes, há ainda grande peso dos agentes tradicionais na dinâmica imobiliária brasileira.
XIX ENANPUR (2022)
XVII SIMPURB (2022)
Grupos econômicos enquanto agentes produtores de habitação: a atuação da MRV em Ribeirão Preto/SP
Bruna Ribeiro Correa e Samarane Fonseca de Souza Barros
A produção do espaço urbano envolve diferentes agentes que detém de interesses e lógicas de atuação específicos. Destacamos a emergência dos grupos econômicos enquanto agentes hegemônicos na produção das cidades e, mais especificamente, da habitação. Trazemos para a análise o grupo econômico MRV, uma das maiores incorporadoras do país, e a sua atuação na cidade de Ribeirão Preto/SP. Observamos que a partir da articulação do grupo com o Estado, o lançamento dos empreendimentos voltados à habitação de interesse social advindas do Programa Minha Casa Minha Vida ratifica ainda mais a desigualdade socioespacial na cidade e reforça uma estrutura segmentada em Ribeirão Preto: os condomínios populares localizados ao norte e oeste da cidade em contraponto ao eixo de expansão e valorização imobiliária no setor sul.
Centro e centralidade em cidades médias
Victor Hugo Quissi Cordeiro da Silva
Este artigo discute o centro e a centralidade intraurbana nas cidades médias de Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Chapecó e Ituiutaba. Debatemos brevemente fatores de ocorrência de áreas centrais, trazendo à tona o elemento técnico e suas transformações, condicionando a constituição da centralidade intraurbana. Neste ponto, os conceitos de Cidades Bocas de Sertão, Cidades Ponta de Trilhos e Cidades Ferroviárias são destacados. Na sequência, apresentamos a descentralização e formação de novas áreas centrais, respectivamente processo socioespacial e forma espaciais que marcam as cidades médias no período mais recente, colando em relevo os conceitos de multicentralidade e policentralidade, bem como as diferentes expressões da centralidade urbana. Nas cidades analisadas neste artigo destacou-se o papel dos shopping centers na redefinição da centralidade intraurbana. Complementando a análise, trouxemos a debate em torno das relações entre as áreas centrais da cidade, marcadas pela hierarquia, concorrência, complementariedade e coocorrência. Defendendo a ideia de que nas cidades médias podem existir relações hierárquicas e não hierárquicas entre áreas centrais.
XXII Semana de Geografia da FCT - UNESP (2022)
Felipe César Augusto Silgueiro dos Santos
Compreender as cidades contemporâneas demanda uma série de reflexões, instrumentos e indagações acerca do espaço urbano que é construído. Temos observado que, nas cidades médias, cada vez mais elementos surgem como constitutivos de uma base analítica que demanda pensamento constante, isso por conta da pluralidade de interações socioeconômicas que estão sendo observadas nelas. Diante de tal assertiva, nos propomos a entender a mobilidade, aqui na sua dimensão cotidiana, como elemento para observar que cidade média está sendo produzida e de que forma ela tem afetado o dia a dia da população, neste caso a periférica. Para isso, nos valeremos de uma metodologia denominada de “percurso urbano” para entender como o “ir e vir” desta população tem sido afetada pelas muitas dinâmicas intraurbanas. De antemão, indicamos observar e perceber que a fragmentação socioespacial tem sido elemento fundante e estruturante dos apontamentos realizados e que é preciso criar políticas públicas que tragam a população citadina para o centro do debate.
II Simpósio de Pós-Graduação do Sul do Brasil (2022)
Felipe César Augusto Silgueiro dos Santos
As cidades médias brasileiras têm sido foco de estudos e investigações pela representatividade que possuem na dinâmica urbana nacional. Deste modo, compreendê-las a partir de processos como o de fragmentação socioespacial se configura como mais uma potencialidade de evidenciar como elas ainda possuem relevância no que se refere ao dinamismo e importância para os estudos urbanos brasileiros. Diante disso, nossa proposta é compreender como as relações de mobilidade cotidiana de citadinas e citadinos residentes em conjuntos habitacionais da faixa 01 do Programa “Minha Casa, Minha Vida” são afetadas e afetados pelo processo mencionado. Mediante uma metodologia conhecida como “percursos urbanos” buscamos trazer problemáticas que possibilitem compreender como a vida urbana dessa população residente na Zona Norte de Ribeirão Preto/SP tem sido afetada por este processo que por nós está presente na dinâmica urbana desta. Construímos tal assertiva ao verificar o percurso urbano acompanhado de uma colaboradora, que dispende tempo e dinheiro para poder realizar suas atividades de trabalho e em um sistema urbano de transporte coletivo ineficiente, que afeta o cotidiano e a vida urbana de citadinas e citadinos da área de pesquisa indicada.
XIV ENANPEGE (2021)
Este artigo é uma síntese da nossa pesquisa de mestrado, a qual está em execução. A investigação visa compreender, mediante a análise das práticas espaciais dos citadinos de baixo poder aquisitivo e moradores da chamada periferia, como a lógica socioespacial fragmentária estrutura-se e se consolida, em oposição aos pressupostos do direito à cidade. Desse modo, o processo de fragmentação socioespacial é analisado a partir da dimensão empírica da mobilidade urbana, a qual é indissociável da acessibilidade urbana. Vinculadas a ela, adotamos, também, as dimensões empíricas do consumo, do lazer e do trabalho. Para a pesquisa, selecionamos a cidade média de Ribeirão Preto, situada no Estado de São Paulo, a qual, com base em várias pesquisas já realizadas, apresenta uma intensificação da diferenciação socioespacial que poderia apontar para a fragmentação socioespacial. Os procedimentos metodológicos que orientam a investigação são: 1) revisão bibliográfica; 2) trabalhos de campo; 3) pesquisa netnográfica; 4) entrevistas semiestruturadas; 5) avaliação do transporte público; 6) delimitação das áreas comerciais e de serviços de Ribeirão Preto e do Conjunto Habitacional "Cristo Redentor", sendo ele a área privilegiada na investigação. A pesquisa vincula-se ao projeto temático intitulado "Fragmentação socioespacial e urbanização brasileira: escalas, vetores, ritmos, formas e conteúdos - FragUrb". Neste artigo, optamos por apresentar, apenas, um recorte proveniente dos resultados obtidos por meio da Netnografia. Dentre eles, destacamos que os problemas do transporte público que atende à nossa área de estudo, conforme os citadinos destacaram, conferem baixa mobilidade e acessibilidade urbanas àqueles que dependem dele e dificuldades para que haja o exercício pleno do direito à cidade.
III Congreso Internacional de Geografía Urbana (2019)
El artículo problematiza e interpreta las transformaciones contemporáneas de la producción de espacio urbano en ciudades medianasbrasileñas, teniendo como foco principal el análisis de la dimensión económica de este proceso. Desde esta perspectiva, el artículo analiza la reciente expansión territorial urbana de una ciudad mediana, Ribeirão Preto/SP, ubicado en el estado de São Paulo; demuestra la estrecha relación entre intereses y estrategias de ciertos agentes inmobiliarios y los significados, ritmo, alcance y escala de la expansión del tejido urbano, en el contexto de la búsqueda permanente de la reproducción ampliada del capital a través de la lógica que sitúa ciudad como locus de estrategias de acumulación; y relaciona el desempeño estratégico de los agentes inmobiliarios con las expansiones territoriales urbanas y el proceso de financiarización de bienes inmuebles, a partir del análisis de la titulización de bienes raices, más específicamente de la emisión de CRI (Certificados de cuentas por cobrar de bienes raices), que están directamente asociados con estas áreas.
Teses
Andar na cidade: a condição socioespacial da vida urbana em Ribeirão Preto/SP
Felipe César Augusto Silgueiro dos Santos
As cidades médias brasileiras ganharam destaque em pesquisas das últimas décadas dada mudanças decorrentes da expansão territorial de seu tecido urbano, do aumento da população conforme observado em IBGE (2000 e 2010) e da consolidação de seus papéis e funções multi e interescalares. Num movimento dialético destacam-se lógicas e dinâmicas econômicas - comércio e serviços, principalmente, e atividades logísticas e da indústria também. Neste cenário há inserção de políticas como a de habitação e de equipamentos públicos. Destacamos o Programa “Minha Casa, Minha Vida” (PMCMV) e sua produção habitacional na malha urbana de algumas cidades médias, com a presença de quantidade significativa de moradias que permitiu o acesso à casa própria, ao mesmo tempo em que se reproduziu e ampliou a desigualdade socioespacial em cidades médias. Além disso, os padrões de mobilidade urbana cujo projeto insiste em seguir a configuração de cidade centro-periférica, apenas levam-nos a questionar os paradigmas centro-periferia sob a leitura da fragmentação socioespacial. Por isso, esta tese tem por objetivo compreender os percursos urbanos em conjuntos habitacionais do Programa “Minha Casa, Minha Vida” (PMCMV) no que tange a relação com outras áreas da cidade de Ribeirão Preto/SP, tomando, principalmente, os procedimentos metodológicos que, além dos percursos destas e destes citadinos que foram viver em conjuntos habitacionais, principalmente em relação aos percursos casa-trabalho-casa, também se estruturou em leituras, trabalhos de campos e coleta de dados que contribuíram para os apontamentos aqui trazidos. Aferimos que, além de uma nova compreensão da relação centro-centralidade para um processo de fragmentação socioespacial indicamos que os acessos mediante a mobilidade de citadinas e citadinos se transiciona para duas concepções teóricas que explicam o distanciamento da sociedade citadina com o direito à cidade.
Dissertações
No Brasil, as maiores e mais complexas cidades, como as metrópoles, e as cidades médias, apresentam um aprofundamento da diferenciação socioespacial que aponta para a constituição da fragmentação socioespacial. Esse processo decorre, dentre outros elementos, de as cidades brasileiras estarem submetidas às lógicas perversas da reprodução ampliada e infinita do capital e aos ditames do neoliberalismo, fazendo com que o espaço urbano, cada vez mais, torne-se mercadoria, alterando, dessa forma, os princípios e os sentidos do direito à cidade. Buscou-se compreender, por meio da análise das práticas espaciais de citadinos de baixo poder aquisitivo e moradores da periferia, como a lógica socioespacial fragmentária estrutura-se e se consolida, em oposição aos pressupostos do direito à cidade.
O objetivo desta pesquisa é analisar e compreender a operação de políticas habitacionais de interesse social como forma de ação do Estado em articulação com os agentes produtores da habitação em pequenas cidades, em particular daquelas situadas na Região Geográfica Imediata de Ribeirão Preto – SP. Para a consecução da pesquisa, foram consideradas como pequenas cidades aquelas que possuem classificação como Centros Locais e Centros de Zona, de acordo com os estudos sobre as Regiões de Influência das Cidades – REGIC e Arranjos populacionais e concentrações urbanas do Brasil (IBGE, 2008; 2016; 2020). Foram realizados estudos sobre o acesso à habitação de interesse social frente aos déficits habitacionais registrados, o papel das políticas e programas habitacionais promovidos pelo Estado e demais agentes produtores do espaço nos processos de expansão territorial urbana, e como tais ações contribuíram para processos de desigualdades e diferenciação socioespaciais, no plano da cidade e do urbano. O olhar dirigido às pequenas cidades justifica-se, de um lado, pelo fato de tratar-se de realidade predominante quando se considera quantitativamente sua forte presença na rede urbana brasileira e, de outro, pelas relações de produção do espaço que se configuram regionalmente. Além disso, esta dissertação pretende, ainda, contribuir com o Projeto Temático “Fragmentação socioespacial e urbanização brasileira: escalas, vetores, ritmos, formas e conteúdos”, com o intuito de compreensão da lógica socioespacial fragmentária frente à diferenciação e desigualdades socioespaciais nas cidades brasileiras.
A presente pesquisa de mestrado tem como objetivo central compreender, analisar e expor diferentes processos de disputa pela terra urbana e pela moradia pela perspectiva dos agentes sociais não hegemônicos, representados pelos movimentos de luta pela moradia. Investigamos como estes movimentos buscam redefinir o acesso à moradia para além da lógica dominante do valor de troca, como uma luta pelo direito à cidade. O recorte territorial para o desenvolvimento desta pesquisa se concentra em duas cidades – Ribeirão Preto (SP) e Maringá (PR). Em Ribeirão Preto, a pesquisa irá analisar os agentes sociais não-hegemônicos representados pela ocupação Cidade Locomotiva e pela Associação de Moradores do Jardim Wilson Toni. Em Maringá, o movimento União Popular por Moradia e o Movimento pela Regularização do Conjunto de Santa Rosa, em Iguatemi, serão examinados como estudos de caso.
TCCs
O trabalho tem como objetivo principal compreender o surgimento, as ações, mecanismos e estratégias de crescimento da MRV Engenharia enquanto grupo econômico. Na análise de tais processos, buscou-se abordar marcos fundamentais para o desempenho do grupo MRV no mercado imobiliário, tais como abertura de capital na bolsa de valores e a exitosa produção para o Programa Minha Casa Minha Vida, o que contribuiu para o reescalonamento espacial do grupo. São utilizadas como fontes para o trabalho, informações oficiais do sitio eletrônico da própria incorporadora, revistas especializadas e bibliografia, além de informações disponíveis nos relatórios econômicos financeiros da empresa na Bolsa Mercantil e de Futuros (BMF) atual B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) e informações sobre a produção da incorporadora para o PMCMV, que foram extraídas do sitio eletrônico do Ministério de Desenvolvimento Regional. No que se refere a expansão da produção da MRV para cidades médias brasileiras, buscou-se abordar a atuação da incorporadora em três cidades, sendo elas: Maringá- PR, Presidente Prudente-SP e Ribeirão Preto-SP. Tais análises permitiram compreender que o produto imobiliário da MRV, em sua maioria, está localizado em áreas cujo preço da terra não é tão baixo quanto na periferia mais distante, e isso ocorre, principalmente, pelo poder econômico e espacial da própria MRV.
O presente estudo buscou compreender os papéis e as funções das cidades médias a partir das interações espaciais que são estabelecidas no âmbito de uma rede hierárquica de cidades e que geram fluxos constantes de habitantes das cidades pequenas do entorno destes centros regionais, tornando-os arranjos populacionais dos núcleos polarizantes. Desta maneira, os processos decorrentes destes constantes fluxos, complexificam e dão forma a redes urbanas cada vez mais heterogêneas e centralizadas nas cidades médias, tornando o papel e a centralidade das cidades pequenas cada vez mais articulado às dinâmicas regionais das cidades médias, relação explicada pelo processo de diferenciação socioespacial. Tomou-se como recorte para estudo, as cidades médias de Chapecó/SC, Maringá/PR, Presidente Prudente/SP e Ribeirão Preto/SP e seus respectivos arranjos populacionais, utilizando os dados obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e comparando as metodologias utilizadas em cada estudo, sendo apresentado, ainda, diferentes maneiras metodológicas de utilização de dados e pesquisas de órgãos institucionais.
Esta pesquisa busca discutir a localização das atividades comerciais e de serviços nas cidades médias brasileiras de Presidente Prudente (SP), Ribeirão Preto (SP), Chapecó (SC) e Ituiutaba (MG). Discutimos as formas espaciais decorrentes da concentração, desconcentração e reconcentração dessas atividades a partir de cada uma das cidades estudadas, destacando as transformações e permanências, as diferenças e similitudes e o que há de geral e particular em cada realidade empírica. Os processos e as formas espaciais são trabalhados em conjuntos, como pares complementares e indispensáveis para a interpretação geográfica da produção do espaço urbano. Como caminho metodológico adotamos o levantamento de informações e construção de um banco dados sobre as cidades estudadas. Utilizamos para tanto o Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE) e a Classificação de Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) com os quais construímos uma base de dados abrangente sobre atividades econômicas e que serviram de apoio para a elaboração de mapas com as representações das densidades ou das concentrações de comércios e serviços. A vinculação desta pesquisa ao Projeto temático “Fragmentação socioespacial e urbanização brasileira: escalas, vetores, ritmos, formas e conteúdos”, em desenvolvimento pelo Grupo de Pesquisa Produção do Espaço e Redefinições Regionais (GAsPERR), colocou como um de nossos objetivos contribuir para o debate em torno do processo de fragmentação socioespacial, a partir de uma das dimensões deste processo, qual seja, a formação da multi(poli)centralidade urbana. Percebemos que existem processos gerais ou lógicas comuns atuantes nas cidades estudadas, principalmente em relação ao caráter reconcentrador da formação de núcleos secundários, demonstrando que a descentralização forma novas concentrações no interior do espaço urbano. Em relação aos agentes deste processo podemos afirmar, a partir dos resultados obtidos, que a localização dos shopping centers cumpre um papel de fundamental importância na centralidade urbana, ora reafirmando o protagonismo do centro principal, ora conformando novas áreas concentradoras de comércios e serviços.